18.12.2025 às 10:20h - Geral
O preço do tomate caiu mais de 26% nos mercados atacadistas do país em novembro. É o que mostra o 12º boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira, dia 18, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Essa maior disponibilidade do alimento nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela estatal pode ser explicada pela maturação mais acelerada do produto diante das temperaturas mais elevadas. Esse movimento de queda nos preços no atacado foi refletido inclusive no varejo, como indica a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, publicação elaborada pela Conab em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada no início deste mês.
A Conab também verificou redução nos preços praticados para a cenoura. Na média ponderada houve recuo de 9,68%, em relação à média de outubro. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a diminuição chegou a 21,15%, o maior percentual negativo registrado. A queda nas cotações acontece mesmo diante de uma menor oferta na raiz.
A batata também ficou mais barata no atacado no último mês, porém a redução foi de menor intensidade, chegando a 2,37%. Se na comparação entre novembro e outubro a variação é pequena, o preço na média ponderada de novembro deste ano está 51,3% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024. Vale lembrar que essa época do ano é marcada pela mudança na origem da produção, com o final da safra de inverno e início da safra das águas.
Já a alface e a cebola encareceram no último mês. Após um período de retração, o preço da alface voltou a subir, diante da menor oferta da folhosa nos mercados. A elevação na média ponderada dos preços foi de 3,36%, em comparação com a média de outubro. Já para a cebola, a elevação das cotações chegou a 8,79% na média ponderada, movimento comum para a época do ano. Novembro é um mês em que normalmente os preços do bulbo registram alta com troca do principal eixo fornecedor do produto.
Frutas
Em novembro, as frutas apresentaram certa estabilidade nos preços. Banana, maçã e laranja apresentaram ligeiras quedas de 0,13%, 0,82% e 1,10% respectivamente. No mercado da banana, a oferta da fruta caiu nos entrepostos atacadistas analisados, enquanto a demanda apresentou grandes oscilações.
No caso da maçã, ocorreram quedas nas cotações nos primeiros 10 dias de novembro, com pequeno aumento à medida que o mês de dezembro se aproximava, aliada à diminuição dos estoques, notadamente da variedade gala. Já a demanda pela fruta se mostrou estagnada. Os preços da laranja também tiveram pequenas oscilações. Um fator que foi intensificado no mês foi a queda de preços na indústria, motivado pela cautela dessas ao fecharem novos contratos com produtores, por causa da demanda externa em queda.
Em contrapartida, mamão e melancia encareceram. Na média ponderada, as cotações dessas frutas subiram 6,55% e 4,45% respectivamente. Para o mamão, a Conab verificou elevação de preços diante da menor oferta da fruta, influenciada pela desaceleração da produção, devido às menores temperaturas e às chuvas. A qualidade da melancia nos mercados, principalmente aquelas originárias do sul baiano e do centro paulista, também foram afetadas pelas condições climáticas, refletindo nos preços praticados.
Exportações
De janeiro a novembro de 2024, o volume total enviado ao exterior foi de 1,176 milhão de toneladas, alta de 23,22% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas ao mercado externo geraram um faturamento de U$S 1,4 bilhão (FOB), superior a 9,23% em relação aos onze meses de 2024. A temporada registrou boas vendas, notadamente para a Europa e Ásia.
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